O Rio Piracicaba atravessa uma área protegida chamada Tanqua, que foi apelidada de mini-Pantanal de São Paulo, em homenagem às áreas úmidas tropicais famosas pela vida selvagem abundante e cenas naturais deslumbrantes. Sua bacia cobre uma área de 4.838 milhas quadradas.
Na quarta-feira, um tapete de cadáveres de peixes flutuantes cobriu o curso d'água, sujando trechos do rio.
“Este triste desastre ambiental comoveu a todos pela gravidade e extensão dos impactos”, disseram os promotores, acrescentando que a situação dos pescadores e da comunidade local também é “muito preocupante”.
Os promotores solicitaram um relatório completo sobre as condições da água e estão aguardando mais informações técnicas antes de tomar as próximas medidas relativas à responsabilidade civil e criminal.
A polícia está investigando para determinar se um crime ambiental foi cometido, disse a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo em um comunicado.
A empresa corre o risco de uma multa pesada.
A CETESB, agência ambiental do estado de São Paulo, recebeu os primeiros relatos de mortandade em massa e do forte odor que emanava do rio em 7 de julho.
No mesmo dia, a agência solicitou à usina hidrelétrica de Salto Grande que aumentasse a quantidade de água liberada para diluir a poluição.
Até 9 de julho, os dados mostraram um aumento na quantidade de oxigênio dissolvido, favorecendo as condições de sobrevivência dos peixes, informou a CETESB.
Mas surgiram relatos de outra mortandade em massa em Tanqua, a cerca de 60 quilômetros da cidade de Piracicaba, onde surgiram as primeiras notícias de peixes mortos.
O Rio Piracicaba atravessa uma das regiões de ocupação mais antigas do estado de São Paulo e era usado como rota de navegação para pequenos vapores e fornecia água para fazendas de cana-de-açúcar e café, segundo o Instituto Nacional de Estatística.
Uma seca severa na Amazônia também matou grandes quantidades de peixes no ano passado.