Quitéria Chagas assinou contrato com a Rubi Editorial e prepara o lançamento de sua biografia no mesmo período do Carnaval 2025. Com a obra, ela se tornará a primeira rainha de escola de samba a colocar toda a sua trajetória e vivências em um livro.
“Era muito racismo, nós não tínhamos essa questão da diversidade, pluralidade…As pessoas não podiam ser e aceitar do jeito que são, então foi muito difícil o processo para poder construir essa sonhadora bailarina, que se tornou passista e virou rainha de bateria num período muito comercial, onde os postos eram muito vendidos”, contou ela.
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Quitéria ainda pontua sobre o poder de fala conquistado em entrevistas e veículos de imprensa, onde ela cita seus ancestrais como parte da luta continuada por ela nos tempos atuais.
Ela lembra que todo o processo também foi importante para colocar um fim na banalização dos corpos das passistas, para que a figura da mulher no samba passasse a ser mais valorizada, como deveria, principalmente por serem figuras centrais desde as raízes do samba.
“Estou muito feliz por esse respeito…Todas as lutas foram importantes para esta credibilidade e isso acaba refletindo no coletivo, em nome de todas as mulheres do samba poderem ter esse processo de valorização tão significante.”