O jornalista e escritor Ullisses Campbell, autor do livro ‘Suzane: Assassina e Manipuladora’, revelou em entrevista à CNN Brasil que o público brasileiro trata criminosos famosos como celebridades, com especial fascínio por Suzane von Richthofen.
Campbell explicou: “A Suzane, eu acho que o brasileiro tem um verdadeiro fetiche por ela. Eles querem saber se ela está namorando, se está grávida, se o filho é menino ou menina, se passou na faculdade. As pessoas acompanham a vida da Suzane, isso eu acho impressionante”.
O escritor também mencionou outros casos emblemáticos, como o da Flordelis e do goleiro Bruno, que já eram figuras públicas antes de cometerem crimes. Ele ressaltou que esse interesse não se limita a pessoas brancas e ricas, citando o exemplo de Flordelis, que é negra e cresceu na favela, mas também desperta curiosidade.
Empatia e controvérsia
Campbell abordou ainda a questão da empatia que alguns criminosos despertam no público. Ele destacou o caso de Elize Matsunaga como um exemplo particularmente complexo: “As pessoas têm empatia pela Elize Matsunaga. Quando eu a vi saindo da cadeia pela primeira vez, havia muitas pessoas na porta, ela foi ovacionada com uma salva de palmas”.
O autor explicou que essa reação se deve, em parte, à percepção de que o marido de Elize, Marcos Matsunaga, era considerado violento. “As pessoas chegaram à conclusão de que o Marcos Matsunaga era um homem extremamente violento, não só com ela, mas com outras mulheres”, disse Campbell.
Essa dinâmica complexa entre crime, mídia e opinião pública levanta questões sobre como a sociedade lida com casos criminais de alta visibilidade e a linha tênue entre condenação e fascínio pelo trágico.
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