Artista falou sobre como a experiência exigiu dela tanto fisicamente como psicologicamente devido a visceralidade da trama
A atriz Vera Fischer relembrou com emoção de um papel importante em sua carreira no cinema, durante participação no programa “Persona”, da TV Cultura. O trabalho ao qual ela se refere é o filme “Navalha na Carne”, produzido em 1997. A artista revelou que chegou a apanhar de verdade nas gravações das cenas de violência da obra.
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No decorrer da conversa com os apresentadores Atilo Bari e Chris Maksoud, Vera disse que foi um grande marco em sua vida atuar no longa do diretor Neville D´Almeida. “No fim dos anos 90, eu fiz um filme que considero muito importante. E foi muito, muito difícil fazer esse filme e essa personagem. Quando o Neville me chamou para fazer, eu li o roteiro e adorei. É um texto muito visceral. Eu fico até emocionada agora porque eu apanhei tanto nesse filme”, desabafou, segurando o choro.
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Baseado na peça homônima de Plínio Marcos, o filme relata a história da prostituta Neusa, vítima de humilhação nas mãos de um homem que a trata como lixo e a espanca. De acordo com Vera, para dar mais veracidade na obra, foi combinado entre os atores que as sequências de agressão seriam para valer.
“O ator principal, que fazia o Vado, era um cubano chamado Jorge Perugorría. Ele fazia as cenas para valer. Eu acho certo porque também faço para valer. Só que essa personagem apanhava muito. Ela era jogada no paralelepípedo. Fiquei toda roxa no filme inteiro”, relatou.
A artista veterana ainda falou sobre como contribuiu na construção de sua personagem. “Eu fazia ginástica pra ficar bem suada nas cenas porque eu queria que a cara ficasse totalmente distorcida”, contou. Em seguida ela finalizou recordando que algumas cenas que não estavam no roteiro original foram inseridas pelo diretor.
Reconhecimento
Vera Fischer foi a grande homenageada do Festival de Cinema de Gramado que aconteceu na semana passada. Por sua contribuição às artes dramáticas, ela se consagrou como uma das grandes estrelas do cinema e da televisão brasileira, e recebeu um tributo na solenidade.
