O líder religioso Kléber Aran Ferreira da Silva, de 50 anos, preso no último fim de semana após ser investigado por crimes sexuais contra três mulheres. Ele realizava atendimentos de tratamentos espirituais em cinco estados do Norte e do Nordeste do país.
Com mais de 40 mil seguidores acumulados nas redes sociais, Kléber publicava vídeos de seus atendimentos, realizados em Manaus (AM), São Luís (MA), Maceió (AL) e Aracaju (SE).
As imagens publicadas mostram que o líder religioso ainda falava com sotaques estrangeiros durante as sessões, uma vez que dizia incorporar o espírito do médico e cirurgião alemão Dr. Adolph Fritz Frederick, conhecido como Dr. Fritz. “(Dr. Fritz) Trabalha há mais de 80 anos trazendo cura através de seus tratamentos”, afirmava as publicações.
O líder solicitava aos pacientes que usassem roupas claras durante os atendimentos e pedia a doação de um quilo de alimento não perecível. Além disso, o líder oferecia cursos introdutórios de mediunidade, que eram vendidos virtualmente pelo valor de R$ 97.
A prisão de Kléber Aran ocorreu durante um evento aberto ao público onde o homem, líder do templo “Amor Supremo”, realizava supostas cirurgias espirituais.
Crimes sexuais
Segundo as investigações, o médium se aproveitava dos momentos de vulnerabilidade das vítimas para cometer os crimes sexuais. As apurações indicam que os delitos ocorreram durante os atendimentos espirituais realizados por Aran, que afirma incorporar o espírito do médico alemão Adolph Fritz, conhecido como Dr. Fritz, e seria responsável por tratamentos e cirurgias espirituais.
A prisão foi realizada por equipes do Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis, com o apoio das Delegacias Especial de Atendimento à Mulher, de Atendimento ao Idoso e de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente.
O caso está sendo acompanhado pela 4ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Salvador, que dará continuidade à investigação e ao processo judicial.
A defesa de Kléber Aran Ferreira da Silva ainda não foi localizada pela CNN para comentar a prisão.
*Sob supervisão