Líderes republicanos do Comitê de Supervisão e Responsabilidade da Câmara estão ameaçando intimar altos funcionários do Pentágono se eles não fornecerem documentos relacionados aos acidentes da aeronave militar conhecida como Osprey.
Em uma carta ao Secretário de Defesa Lloyd Austin na terça-feira, o presidente do comitê, o deputado republicano James Comer, do Kentucky, e o presidente do Subcomitê de Segurança Nacional, o deputado republicano Glenn Grothman, do Wisconsin, escreveram que solicitaram documentos sobre o problemático programa Osprey em 21 de dezembro de 2023, mas enfrentaram “atrasos e obstáculos significativos” para obter as informações.
Especificamente, os líderes do comitê estão pedindo ao Pentágono que produza investigações de segurança para cada grande acidente de aeronave tiltrotor desde 1991.
Em vez disso, de acordo com a carta, o Pentágono forneceu apenas “documentos altamente redigidos” que já estão disponíveis publicamente. Se o Pentágono não fornecer as informações até 30 de julho, eles avisam na carta que considerarão “o uso do processo compulsório”, ou seja, intimações.
O Pentágono e o Comando de Sistemas Aéreos Navais (NAVAIR) não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
O comitê lançou uma revisão após 20 membros do serviço morrerem em quatro acidentes com o Osprey em menos de dois anos. Investigadores do Congresso têm examinado os acidentes por mais de seis meses, mas oficiais militares dos EUA se recusaram a divulgar os relatórios de segurança, argumentando que a promessa de confidencialidade para testemunhas em conselhos de segurança produz mais informações.
O exército dos EUA voa o V-22 Osprey, que pode subir verticalmente como um helicóptero e voar horizontalmente como um avião, desde 1989. De 1989 a 2017, sete acidentes mataram 41 militares e outros passageiros.
De 2018 a 2021, não houve acidentes fatais. Nos últimos anos, no entanto, houve um aumento nos acidentes com Osprey Classe A.
Acidentes de Classe A, ou seja, incidentes que resultam em morte, incapacidade permanente de um militar ou pelo menos US$ 2,5 milhões em danos à aeronave, são a categoria mais séria de acidentes militares.
Em 2020 e 2021, houve dois acidentes de Classe A, mas nenhuma fatalidade. Em 2022 e 2023, no entanto, houve 11 acidentes de Classe A, quatro deles fatais, de acordo com dados militares revisados pela NBC News.
A NAVAIR ordenou que toda a frota Osprey fosse aterrada há mais de três meses, após a queda fatal de um CV-22 Osprey da Força Aérea na costa do Japão em 29 de novembro de 2023, que matou oito aviadores de Operações Especiais.
A proibição foi suspensa no início deste ano.
Agora, o comitê está solicitando todos os relatórios de investigação de segurança de todos os acidentes com o Osprey Classe A desde 1991.
