Os republicanos passaram a segunda noite da Convenção Nacional Republicana contrastando imigrantes legais que seguiram as leis dos EUA para entrar no país e imigrantes “ilegais”.
Vários palestrantes se basearam no tema da noite “Make America Safe Once Again” (Torne a América Segura Novamente) atacando aqueles que cruzaram a fronteira ilegalmente, em muitos casos chamando-os de pessoas perigosas — uma grande mensagem da campanha do Partido Republicano e que o ex-presidente Donald Trump promove repetidamente. Eles também apresentaram suas próprias experiências familiares como modelos que outros imigrantes deveriam imitar.
Vivek Ramaswamy, que concorreu à indicação do Partido Republicano, disse em seu discurso na terça-feira que as pessoas progridem na América “não pela cor da sua pele, mas pelo conteúdo do seu caráter e suas contribuições”.
“Isso significa que acreditamos no estado de direito, e digo isso como filho de imigrantes legais que vieram para este país. Isso significa que seu primeiro ato de entrar neste país não pode quebrar a lei. É por isso que fecharemos a fronteira sul no primeiro dia”, disse Ramaswamy, referindo-se a uma promessa de Trump se ele vencer em novembro.
Ramaswamy, que demonstrou interesse em preencher a vaga no Senado de Ohio ocupada pelo companheiro de chapa de Trump, JD Vance, disse que, assim como seus pais, todo imigrante legal merece a oportunidade de garantir uma vida melhor para seus filhos nos EUA.
“Mas nossa mensagem aos imigrantes ilegais também é esta: nós os devolveremos ao seu país de origem, não porque vocês são todos pessoas más, mas porque vocês infringiram a lei, e os Estados Unidos da América foram fundados com base no Estado de direito”, disse Ramaswamy, sob aplausos calorosos da multidão da convenção em Milwaukee.
O candidato republicano da Virgínia ao Senado, Hung Cao, disse em seu discurso que sua família imigrou do Vietnã, fugindo do país pouco antes da queda de Saigon para os comunistas.
Cao, que tenta destituir o senador democrata Tim Kaine em novembro, também repreendeu os imigrantes que não “aceitam” a cultura americana e o Estado de direito.
“Milhões de estrangeiros ilegais inundam nossas fronteiras”, ele disse. “Eles hasteiam bandeiras do Hamas em nossos campi e gritam 'morte à América'. Como imigrante neste grande país, deixe-me ser bem claro: para todos que vêm aqui, não peçam pelo sonho americano se vocês não estão dispostos a obedecer à lei americana e abraçar a cultura americana.”
Outros palestrantes se concentraram quase exclusivamente na aplicação das leis de imigração.
O deputado Jim Banks, de Indiana, que está concorrendo ao Senado, disse que, sob a liderança republicana, a fronteira seria protegida.
“Se você veio aqui ilegalmente sob o governo de Joe Biden, você voltará para o lugar de onde veio sob o governo de Donald Trump”, disse ele.
Kari Lake, que está concorrendo ao Senado pelo Arizona, alegou falsamente que os democratas e seu oponente democrata, o deputado Ruben Gallego, entregaram o controle de seu estado e da fronteira “aos cartéis de drogas”.
Ela então imitou uma frase frequentemente usada por Trump: “Criminosos e drogas mortais estão chegando. Nossas crianças estão morrendo.”
