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Quem são as atletas reprovadas em teste de gênero que estão na Olimpíada

Esportes

O boxe na Olimpíada de Paris 2024 está no centro de um debate após a confirmação da participação de duas atletas. Imane Khelif e Lin Yu-ting.

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A dupla foi desclassificada no Mundial de Boxe Feminino de 2023, realizado na Índia, após reprovar em testes de gênero feitos pela Associação Internacional da categoria (IBA)

Recentemente, o Comitê Olímpico Internacional (COI) concedeu permissão para Imane Khelif e Lin Yu-ting participarem da Olimpíada. No entanto, a decisão gerou polêmica que atravessou a esfera política.

Imane Khelif

A argelina de 25 anos nasceu na cidade de Tiaret e chegou a competir na Olimpíada de Tóquio, em 2021, caindo nas quartas. Nesta edição, ela compete na categoria 66Kg e venceu a italiana Angela Carini, que abandonou a luta aos 46 segundos.

Lin Yu-ting

Nascida no Taiwan, a boxeadora de 28 anos estreia na Olimpíada de Paris na sexta-feira (2), na categoria 57Kg. Ela conquistou dois ouros nos mundiais de 2018 e 2019, mas perdeu o bronze em 2023 após ser reprovada no teste de gênero.

O que diz a Associação Internacional de Boxe

Na última quarta (31) a federação que rege o boxe mundial explicou a decisão tomada em 2023, quando as duas boxeadoras foram desclassificadas do Mundial após os testes de gênero. Veja a nota na íntegra

Em 24 de março de 2023, a IBA desqualificou as atletas Lin Yu-ting e Imane Khelif do Campeonato Mundial Feminino de Boxe da IBA em Nova Déli 2023. Essa desqualificação foi resultado de sua falha em atender aos critérios de elegibilidade para participar da competição feminina, conforme definido e disposto nos Regulamentos da IBA. Essa decisão, tomada após uma revisão meticulosa, foi extremamente importante e necessária para manter o nível de justiça e a máxima integridade da competição.

Ponto a ser observado, os atletas não passaram por um exame de testosterona, mas foram submetidos a um teste separado e reconhecido, pelo qual os detalhes permanecem confidenciais. Este teste indicou conclusivamente que ambos os atletas não atendiam aos critérios de elegibilidade necessários e foram considerados como tendo vantagens competitivas sobre outras competidoras femininas.

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A decisão tomada pela IBA foi posteriormente ratificada pelo Conselho de Administração da IBA.

A desqualificação foi baseada em dois testes realizados em ambos os atletas, conforme a seguir:

  • Teste realizado durante o Campeonato Mundial de Boxe Feminino em Istambul 2022.
  • Teste realizado durante o Campeonato Mundial de Boxe Feminino em Nova Déli 2023.

Lin Yu-ting não recorreu da decisão da IBA ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS), tornando assim a decisão juridicamente vinculativa. Imane Khelif inicialmente recorreu da decisão ao CAS, mas retirou o recurso durante o processo, tornando também a decisão da IBA juridicamente vinculativa.

Nossos Comitês revisaram e endossaram rigorosamente a decisão tomada durante o Campeonato Mundial. Embora a IBA permaneça comprometida em garantir a imparcialidade competitiva em todos os nossos eventos, expressamos preocupação com a aplicação inconsistente de critérios de elegibilidade por outras organizações esportivas, incluindo aquelas que supervisionam os Jogos Olímpicos. Os diferentes regulamentos do COI sobre esses assuntos, nos quais a IBA não está envolvida, levantam sérias questões sobre a imparcialidade competitiva e a segurança dos atletas.

Para esclarecer por que o COI permite que atletas com vantagens competitivas compitam em seus eventos, pedimos às partes interessadas que busquem respostas diretamente com o COI.

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