Um processo de difamação contra a Fox News movido por um funcionário do governo que atuou em um breve conselho de desinformação da mídia do governo dos EUA foi rejeitado na segunda-feira por um juiz federal.
O processo de Nina Jankowicz alegou que a Fox News a difamou em diversas ocasiões, levando a ondas de ataques online e ameaças de violência após a formação do Conselho de Governança da Desinformação, onde ela atuou como diretora.
Em maio de 2022, poucas semanas após seu lançamento, o Departamento de Segurança Interna interrompeu o trabalho do conselho e aceitou a renúncia de Jankowicz. O conselho foi oficialmente dissolvido e seu estatuto rescindido em agosto do mesmo ano.
Ao rejeitar as alegações de Jankowicz, o juiz disse que 36 das 37 declarações feitas nos programas da Fox News eram sobre o conselho de desinformação e não sobre Jankowicz. O juiz decidiu que a declaração restante — que também era uma referência ao conselho e não a Jankowicz, apesar de mostrar uma imagem dela como foi dito — não era desinformação porque era uma declaração factual que correspondia à redação do próprio estatuto do conselho descrevendo seu propósito.
“Este foi um processo com motivação política que visava silenciar a liberdade de expressão e estamos satisfeitos com a decisão do tribunal de proteger a Primeira Emenda”, disse a Fox News.
O conselho de desinformação foi lançado pelo Departamento de Segurança Interna em um esforço para combater desinformação vinda da Rússia bem como informações enganosas que traficantes de pessoas circulam para atingir migrantes que esperam viajar para a fronteira EUA-México.
Dezenas de legisladores republicanos e especialistas conservadores foram às mídias sociais imediatamente após o lançamento do conselho, pedindo que ele fosse dissolvido. Eles descreveram o conselho como um corpo orwelliano que poderia ser usado para suprimir a liberdade de expressão.
Em abril do ano passado, a Fox News concordou em pagar a Dominion Voting Systems quase US$ 800 milhões para evitar um julgamento no processo da empresa de máquinas de votação que teria exposto como a rede promoveu mentiras sobre a eleição presidencial de 2020.
