Olimpíada: ucraniana que se recusou a cumprimentar russa consegue primeira medalha do país

Olimpíada: ucraniana que se recusou a cumprimentar russa consegue primeira medalha do país

Esportes

A esgrimista Olga Kharlan conquistou a primeira medalha da Ucrânia nos Jogos Olímpicos de Paris 2024conquistando o bronze, nesta segunda-feira (29), na disputa do sabre individual feminino, no Grand Palais.

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Em julho de 2023, Kharlan virou notícia ao se recusar a cumprimentar a esgrimista russa Anna Smirnova na etapa do mundial de esgrima realizada em Milão, em protesto contra a invasão à Ucrânia.

Na ocasião, a esgrimista foi desclassificada. Era a primeira vez que atletas russos e ucranianos se enfrentavam desde o início da guerra.

Duelo com viradas emocionantes

A França acabou fazendo a dobradinha de ouro prata, com Manon Apithy-Brune vencendo a final contra Sara Balzer por um placar de 15-12. Agora campeã, Apithy-Brune foi bronze em Tóquio 2020.

Em uma emocionante disputa pelo bronze, Olga Kharlan venceu a sul-coreana Choi Sebin pelo apertado placar de 15 a 14.

Choi Sebin chegou a abrir uma vantagem de 11-5, até a ucraniana de 33 anos acertar uma sequência de sete pontos consecutivos e assumir a vantagem.

A sul-coreana se recuperou e fez 13-12, mas Kharlan deu uma amostra do seu psicológico forte e arrancou no final para garantir sua quinta medalha olímpica.

Veterana olímpica

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Olga Kharlan é uma veterana e disputa sua quinta Olimpíada, tendo anteriormente vencido duas medalhas em equipe e duas individuais, incluindo o ouro no sabre em equipe de Pequim 2008.

Foi a terceira vez que Kharlan venceu a medalha de bronze no sabre individual, tendo conseguido o terceiro lugar também em Londres 2012 e Rio 2016.

Guerra contra a Rússia destruiu centros de treinamento da Ucrânia

A medalha de Kharlan em Paris é ainda mais aplaudida por conta da guerra que a Ucrânia trava com a Rússia desde fevereiro de 2022.

De acordo com o ministro do Esporte do país, mais de 500 instalações esportivas foram destruídas em ataques russos. Centenas de atletas foram mortos, e muitos outros forçados a treinar em outros países.

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