Fábio Mota garantiu que os atletas não tem condições de atuar pelo clube na temporada e afirmou que está buscando emprestá-los para outros clubes
Os atletas Dudu e Rodrigo Andrade, agredidos por torcedores em um bar de Salvador (BA)não vão mais jogar pelo Vitória nesta temporada, pelo menos é o que garante Fábio Motapresidente do clube.
Menos de 24h depois do episódio, o gestor se pronunciou em entrevista ao Globo Esporte da Bahia, dando detalhes sobre a dispensa dos jogadores, que devem ser emprestados para outros clubes.
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“Sentamos, conversamos, com procuradores, jogadores, que não têm condição mais de jogar no Vitória esse ano”, declarou o gestor.
Nenhum dos dois jogadores disputaram sete partidas do Campeonato Brasileiro e, por isso, podem ser transferidos para outros clubes da Série A.
Situação complicada
A confusão que terminou com a agressão dos atletas e dois carros vandalizados – um deles de Dudu, o outro de uma mulher que estava no local – aconteceu em meio a um cenário de baixa dos dois atletas presentes no bar.
Rodrigo Andrade tem tido problemas nos bastidores do Vitória e teria faltado aos treinos de reapresentação no último domingo (14/7) – mesmo dia da confusão -, no CT Manoel Pontes Tanajura, sendo multado pelo clube. O afastamento aconteceu antes da agressão.
Já Dudu tem problemas para resolver na Justiça, sendo acusado pela ex de violência doméstica, em meio a isso tem perdido espaço no time baiano, sendo que o treinador Thiago Carpini chegou a falar que o atleta “não tem comprometimento”.
Fábio Mota citou que Rodrigo Andrade tem contrato com o clube até o final do ano, já Dudu tem vínculo até o final de 2027.
“Rodrigo Andrade, com certeza (não joga mais no Vitória). O Dudu, vamos conversar com ele, vai ouvir as versões. A gente precisa ouvir. O Rodrigo Andrade a gente já ouviu. Teve um episódio no final de semana que ele foi filmado, na folga dele, tudo bem. Mas no domingo ele não compareceu no treino, não deu justificativa. Mas Dudu a gente está esperando ele se recuperar para sentar, conversar e ouvir a versão dele”, disse o presidente rubro-negro.
Entenda o caso
Um grupo de membros da Torcida Uniformazada Os Imbatíveis (TUI), do Vitória, invadiram um bar no bairro de Canabrava, em Salvador (BA) e agrediram os jogadores Dudu e Rodrigo Andrade, do rubro-negro, além de quebrarem dois carros – um deles de uma mulher que estava no local.
A confusão aconteceu na noite do último domingo (14/7), nas proximidades do estádio Barradão – onde o Vitória manda seus jogos. Os atletas estavam no local para uma confraternização e, segundo a dona do carro vandalizado, não estavam consumindo bebidas alcoólicas, quando foram surpreendidos por torcedores uniformizados, com os rostos tampados e pedaços de pau nas mãos.
“Não teve justificativa, já chegaram com paus na mão, batendo nos jogadores. Foram direto nos jogadores. Rodrigo Andrade correu, Dudu ficou, trocou socos, pulou a grade, mas eles conseguiram alcançar e bateram mais nele, na rua”, declarou Luciana, que teve o carro vandalizado.
A mulher fez um boletim de ocorrência e, segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado, preliminarmente, como crise de dano. O presidente da Torcida Uniformizada Os Imbatíveis (TUI) foi intimado para prestar esclarecimentos, bem como foram requeridas as imagens das câmeras de segurança para a investigação.
Em nota, o Vitória declarou que “repudia qualquer atitude que ultrapasse os limites do respeito, da segurança e da paz” e afirmou que vai “tratar internamente” o caso e buscará as “melhores formas de resolução”.
Grupo hostiliza jogadores do Vitória, próximo ao Barradão. foto.twitter.com/VZATJzJh3M
— Aratu On (@aratuonline) 15 de julho de 2024
Veja a nota do Vitória, na íntegra:
O Esporte Clube Vitória é uma instituição democrática que reconhece sua responsabilidade social e repudia qualquer atitude que ultrapasse os limites do respeito, da segurança e da paz.
O incidente envolvendo os atletas Dudu e Rodrigo Andrade na noite deste domingo (14) será tratado internamente, em conjunto com a diretoria e demais envolvidos.
Ressaltamos que não consideramos a violência como resposta para qualquer situação. Por isso, buscaremos as melhores formas de resolução.