O procurador especial Jack Smith está pedindo ao juiz que supervisiona o caso de interferência eleitoral federal do ex-presidente Donald Trump mais tempo para propor um cronograma para procedimentos futuros depois que a Suprema Corte anulou o caso com a decisão de imunidade do mês passado.
Em um processo na quinta-feira, o gabinete de Smith pediu à juíza distrital dos EUA Tanya Chutkan para permitir que as partes propusessem os próximos passos até 30 de agosto. Se o pedido for concedido, isso daria aos promotores mais três semanas para consultar outras partes do Departamento de Justiça sobre um caminho a seguir em um caso que se concentra nos esforços de Trump para anular os resultados das eleições de 2020.
“Embora essas consultas estejam bem encaminhadas, o Governo não finalizou sua posição sobre o cronograma mais apropriado para as partes informarem sobre questões relacionadas à decisão”, escreveram os promotores. “O Governo, portanto, solicita respeitosamente mais tempo para fornecer à Corte uma proposta informada sobre o cronograma para os procedimentos pré-julgamento daqui para frente.”
O processo observa que os advogados de Trump não se opõem ao pedido de extensão. Chutkan agendou uma conferência de status para 16 de agosto na semana passada e disse a ambas as partes para enviarem um relatório de status conjunto detalhando um cronograma proposto para os procedimentos pré-julgamento até sexta-feira.
Um advogado de Trump se recusou a comentar na quinta-feira à noite, e um porta-voz da campanha de Trump não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Trump, que se declarou inocente no caso, pressionou para que suas batalhas legais fossem encerradas ou pelo menos adiadas até depois da eleição.
Em uma publicação no Truth Social na quinta-feira à noite, ele disse que a decisão da Suprema Corte justificava a rejeição de uma série de processos contra ele.
“Está claro que a decisão histórica da Suprema Corte sobre imunidade exige e requer uma rejeição completa e total de TODAS as caças às bruxas”, Trump escreveureferindo-se aos seus problemas legais como “ataques políticos” coordenados e “interferência eleitoral”.
Na semana passada, Chutkan negou o pedido de Trump para rejeitar a acusação, acrescentando que ele poderia entrar com um novo processo assim que todas as questões relacionadas à imunidade fossem resolvidas.
O caso de interferência eleitoral federal de Trump é apenas uma de suas batalhas jurídicas que foi afetada pela decisão de imunidade presidencial da Suprema Corte no mês passado, que rejeitou sua ampla alegação de imunidade, mas concluiu que ele tinha direito a alguma imunidade por atos oficiais enquanto estava no cargo.
Um juiz nomeado por Trump na Flórida rejeitou o caso de documentos confidenciais contra ele após a decisão da Suprema Corte, e um juiz de Nova York que supervisiona seu caso de suborno concordou em adiar uma audiência de sentença depois que os advogados de defesa solicitaram mais tempo para argumentar que a decisão da Suprema Corte no mês passado justificava um novo julgamento.
Trump estava programado para ser sentenciado em 11 de julho, depois que um júri de Nova York o considerou culpado em maio de todas as 34 acusações de falsificação de registros comerciais em conexão com dinheiro para silenciar que seu ex-advogado pagou à estrela de filmes adultos Stormy Daniels antes da eleição presidencial de 2016 para esconder um suposto caso. A audiência de sentença agora deve ocorrer no mês que vem.