Autoridades eleitas democratas e a equipe de campanha de Biden pediram unidade esta manhã, insistindo que Biden permanecerá na chapa, apesar dos crescentes pedidos para que ele desista da disputa.
Enfrentando perguntas de repórteres durante uma entrevista coletiva “contraconvenção” em Milwaukee, a poucos quarteirões de onde a Convenção Nacional Republicana está sendo realizada, o vice-gerente principal da campanha de Biden, Quentin Fulks, argumentou que o presidente não tem planos de renunciar.
“O vice-presidente faz parte da chapa Biden Harris. Nossa campanha não está trabalhando em nenhum cenário em que o presidente Biden não seja o topo da chapa. Ele é e será o indicado democrata”, disse Fulks. “Estamos ansiosos para que ele aceite os delegados em Chicago e continue com esta corrida para falar sobre o que está em jogo.”
Quando pressionado sobre se Biden está reavaliando sua posição na disputa, Fulks reiterou que o presidente decidiu seguir em frente, mas também observou que a eleição provavelmente será acirrada.
“Não há planos sendo feitos para substituir o presidente Biden na cédula e o presidente Biden está ciente de que esta é uma corrida com margem de erro. As pessoas estão agindo como se antes do debate tivéssemos dito que esta seria uma vitória esmagadora para os democratas. Sempre dissemos que esta corrida seria acirrada. Sabemos que é uma corrida com margem de erro em todos os estados do campo de batalha”, disse Fulks.
O senador da Califórnia Alex Padilla enfatizou que acredita que Biden permanecerá na disputa, mas também observou que a eleição provavelmente será decidida por margens mínimas.
“No que diz respeito à campanha, ninguém está prevendo uma vitória esmagadora em novembro em nenhuma direção. Foi uma disputa muito acirrada quatro anos atrás, e vai ser uma disputa acirrada em novembro”, disse Padilla.
Quando questionado sobre como os democratas irão combater uma frente republicana unificada em apoio a Trump, Fulks pediu que os democratas apoiassem Biden, ao mesmo tempo em que destacou os riscos da eleição como um forte contraste entre as plataformas de Biden e Trump.
“Temos que combater isso com unidade, e quanto mais cedo deixarmos de falar sobre isso e sobre o que está em jogo, o que ouvimos nas três primeiras noites desta convenção e o que ouviremos hoje à noite de Donald Trump, melhor será para nós”, disse Fulks.
