Um ex-policial da Filadélfia que atirou fatalmente em uma criança de 12 anos há dois anos foi condenado na segunda-feira a oito a 20 anos de prisão por homicídio de terceiro grau, segundo autoridades e documentos judiciais.
Os promotores pediram a um juiz que sentenciasse Edsaul Mendoza, que atirou em Thomas “TJ” Siderio nas costas em 1º de março de 2022, a cumprir entre 20 e 40 anos de prisão.
Isso ocorreu em parte porque, logo após o tiroteio fatal, Mendoza pesquisou online passagens aéreas para a República Dominicana, onde tem raízes, disse o promotor. Clarke Beljean disse durante uma coletiva de imprensa.
Mais de uma semana depois, Beljean disse, Mendoza pesquisou na internet por lugares que não têm um tratado de extradição com os Estados Unidos, e descobriu que Cuba não tinha. Ele então pesquisou passagens aéreas para lá, Beljean disse.
Beljean chamou o tiroteio de “crime chocante”.
Mendoza, 28, foi acusado de homicídio de primeiro grau, homicídio de terceiro grau, homicídio culposo e posse de instrumento de crime.
Ele concordou em se declarar culpado em um acordo com os promotores que o levou a receber uma sentença que obedece às diretrizes de condenação para homicídio de terceiro grau, cujo mínimo é de sete anos e meio.
Mendoza se declarou culpado de assassinato em abril.
“Essa foi uma sentença justa, equitativa e imparcial neste caso”, disse Beljean, acrescentando, no entanto, que TJ nunca teve seu dia no tribunal.
“Edsaul Mendoza obteve todos os benefícios do sistema de justiça criminal dos quais ele privou TJ Siderio ao atirar em TJ pelas costas”, disse ele.
As evidências apresentadas ao grande júri mostraram que Mendoza disparou três tiros contra o jovem que atirou contra um veículo policial sem identificação, levando vários policiais à paisana a se abaixarem para se proteger, disseram os promotores.
Dois dos três tiros de Mendoza foram disparados depois que TJ descartou uma arma, disseram os promotores.
Beljean disse que a criança havia parado de correr e estava de quatro quando foi baleada nas costas. Logo após o tiroteio, a polícia anunciou que Mendoza seria demitido por violar as diretrizes de uso de força do departamento, incluindo o uso excessivo de força.
