Dizem que o caminho para a glória olímpica é pavimentado com sacrifício. Para a estrela australiana de hóquei em campo Matt Dawson, ele desistiu de mais do que a maioria: a parte superior de um dedo da mão direita.
O atleta de 30 anos quebrou gravemente o dedo após ser atingido por um taco de hóquei durante uma sessão de treinamento em Perth, duas semanas atrás, perigosamente perto dos jogos de Paris 2024.
“No primeiro quarto, talvez com apenas seis minutos, o adversário tentou arrastar a bola e acertá-la incorretamente, e infelizmente meu taco e minha mão estavam no final da zona de swing dele e praticamente arrancaram meu dedo, o que é, sim, muito louco”, disse ele de Paris no podcast “Parlez Vous Hockey” em 20 de julho.
“O ferimento acabou sendo um pouco mais sério do que eu pensava”, ele explicou. “Tentei me levantar bem rápido e, eventualmente, meio que desmaiei, deitado no chão do vestiário, provavelmente em choque, para ser honesto com você.”
Os médicos disseram que sua lesão levaria de quatro a seis meses para se recuperar, o que significa que ele teria que perder os jogos. Ou ele poderia amputar o dedo e ir para a competição. Dawson escolheu a última opção.
Ele disse que ligou para a esposa depois de conversar sobre a amputação com um cirurgião e ela o alertou para não tomar uma “decisão precipitada”.
“Com todas as informações que eu tinha para tomar a decisão, em um período de tempo bem curto, eu ainda decidi tomá-la e ainda posso ter uma vida muito boa e funcional com apenas um pouco menos de dedo para me preocupar”, disse Dawson no podcast.
A cirurgia acabou removendo cerca de 2,5 cm da ponta do dedo anelar direito, logo abaixo da articulação superior.
“Se tirar a ponta do meu dedo fosse o preço que eu tivesse que pagar, é isso que eu faria… (Se) conseguirmos o ouro no final, não é um preço muito alto a pagar então.”
Agora, Dawson está em Paris para sua terceira aparição olímpica com os Kookaburras. O time masculino de hóquei da Austrália jogará contra a Argentina no sábado no Estádio Yves-du-Manoir em Paris.
Eles estão competindo pelo próximo ouro — o último foi em Atenas, em 2004. Com um recorde de quatro medalhas de prata (incluindo nas Olimpíadas de Tóquio em 2020) e cinco de bronze no passado.
