Em primeiro plano, percebe-se que há um viés político que colabora com o descaso com o legado africano no Brasil. Segundo a filósofa Djamila Ribeiro, “para pensar soluções para uma realidade, devemos tirá-la da invisibilidade”. No entanto, ao analisar o cenário de indiferença do governo brasileiro com o patrimônio africano, nota-se que o pensamento da autora não se concretiza na prática, já que há uma escassez de políticas públicas que enalteçam a herança, como museus e eventos que tratem sobre o aprendizado de assuntos referentes à África. Isso ocorre porque os governantes tendem a privilegiar assuntos de maior popularidade e visibilidade para sua manutenção política, o que afasta o país, cada dia mais, da possibilidade de concretização do princípio de Djamila.