Simone Biles pode ser a ginasta mais vencedora do mundo, mas isso não a impediu de cometer erros atípicos durante suas duas apresentações finais na Olimpíada de Paris, nesta segunda-feira (5), lembrando à sua vasta base de fãs que ela também é humana.
Em uma autodescrita “turnê de redenção”, Biles se esforçou para retornar ao maior palco esportivo do mundo depois de se retirar de vários eventos nos Jogos Olímpicos de Tóquio, onde sofreu um perigoso bloqueio mental durante a competição.
Simone Biles conquistou três medalhas de ouro em seus três primeiros eventos na edição de Paris 2024: equipes, individual geral e o salto.
Havia grande expectativa de que ela aumentasse sua contagem geral de sete ouros olímpicos no último dia do programa de ginástica artística, mas não foi isso que aconteceu. Ela terminou em quinto lugar na final da trave depois de escorregar do aparelho no meio da apresentação.
Cerca de duas horas depois, foi superada pela brasileira Rebeca Andrade no solo, depois de aterrissar com os dois pés fora dos limites em duas de suas quatro passagens de salto.
A penalidade de seis décimos de ponto que ela sofreu por sair da área marcada fez a diferença entre o ouro e a prata.
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Rebeca Andrade durante sua apresentação no solo da ginástica artística em Paris 2024 Crédito: Jamie Squire/Getty Images
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Rebeca se apresentou com uma dificuldade de 5.900 e uma execução de 8.266, registrando uma nota de 14.166 Crédito:
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A ginasta fez uma apresentação sólida, embalada por uma mistura das canções “End of Time”, de Beyoncé, e “Movimento da Sanfoninha”, de Anitta Crédito: Divulgação/COB
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Com o ouro, a brasileira se torna a atleta brasileira mais condecorada em Olimpíadas na história Crédito:
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Rebeca encerrou a sua participação em Paris 2024 com quatro medalhas: o bronze por equipes, a prata no individual geral, uma outra prata, no salto, e o ouro no solo Crédito:
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Rebeca Andrade com a bandeira do Brasil após se sagrar campeã no solo Crédito:
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Rebeca é reverenciada pelas estadunidenses Simone Biles (esq.) e Jordan Chiles Crédito:
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Pódio do solo em Paris 2024 completo: Biles com a prata, Chiles com o bronze e Rebeca Andrade com o ouro Crédito:
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Rebeca Andrade soma seis medalhas em Olimpíadas: dois ouros, três pratas e um bronze Crédito: Jamie Squire/Getty Images
Apesar de seu desempenho irregular nesta segunda, a norte-americana de 27 anos levou numa boa sua prata no solo, elevando seu número de medalhas olímpicas para 11.
“Realizei muito mais do que meus sonhos mais loucos. Não apenas nesta Olimpíada, mas no esporte”, disse Biles, serena, após a final.
“Há alguns anos, eu não achava que estaria de volta aqui em uma Olimpíada. Então, competindo e saindo com quatro medalhas, não estou chateada com isso. Estou muito orgulhoso de mim mesma”, afirmou.
Depois de Tóquio, não ficou claro se Biles voltaria a competir, muito menos nos Jogos Olímpicos. Embora tenha sido criticada por sua desistência em Tóquio, ela também foi elogiada por defender a saúde mental quando o mundo ainda estava afetado pela pandemia da Covid-19.
“Também acho que colocar sua saúde mental em primeiro lugar e reservar um tempo para si mesmo, seja no esporte ou não, cria longevidade especificamente no esporte, mas também para um estilo de vida melhor e mais saudável”, disse Biles.
Ainda não se sabe se os Jogos Olímpicos de Paris serão os últimos de Biles. Em uma publicação no X que foi compartilhada 40.000 vezes, Biles implorou a seus seguidores que parassem de perguntar aos atletas o que virá depois que eles ganharem uma medalha na Olimpíada.
Ela deixou a porta aberta para um possível retorno aos Jogos de Los Angeles 2028, quando terá 31 anos, mas disse que já estava ficando “muito velha”.
“Não estou muito chateada nem nada sobre meu desempenho nas Olimpíadas”, disse Biles. “Na verdade, estou muito feliz, orgulhosa e ainda mais empolgada com o fato de ter acabado.”
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