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COI notifica comitê brasileiro após mensagem religiosa de Rayssa Leal em libras

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Na final do skate street feminino, a skatista falou aos telespectadores que “Jesus é o caminho, a verdade e a vida” em libras. De acordo com o COI, manifestações religiosas são proibidas nos jogos olímpicos

Após Rayssa Leal transmitir uma mensagem religiosa por meio da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) na final do skate street feminino, o Comitê Olímpico Internacional (COI) notificou o Comitê Olímpico do Brasil (COB) por quebra de regulamento. O fato aconteceu no último domingo (28/7) antes da final que consagrou a brasileira com a medalha de bronze.

Em Libras, a skatista falou aos telespectadores que “Jesus é o caminho, a verdade e a vida”. Porém, as diretrizes do COI, presente na regra 50, afirmam que é “proibido que atletas e integrantes da delegação se manifestem religiosamente e politicamente durante as cerimônias de abertura e encerramento, no campo de competição, pódios e na Vila Olímpica”.

Veja as fotos

Rayssa Leal – Reprodução/SporTV

Rayssa Leal admira BufoniRayssa Leal admira Bufoni

Rayssa Leal nas Olímpiadas de Paris


De acordo com o jornal Estadão, apesar da atitude da fadinha, o COI não pretende punir a esportista de forma severa. Mas a notificação enviada ao COB serve como um alerta. “Estivemos em contato com o Comitê Olímpico do Brasil e lembramos a eles das Diretrizes de Expressão do Atleta”, diz o comunicado enviado ao veículo.

O que aconteceu?

O gesto de Rayssa foi feito antes da final, quando ela conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris. Diante das câmeras, ela mencionou um trecho presente na Bíblia, em João 14:6. Essa é a mesma mensagem que o atacante Pedro, do Flamengo, utiliza para comemorar seus gols. O ato repercutiu nas redes sociais.

Em 2023, o Ministério dos Esportes da França já havia se pronunciado sobre as demonstrações políticas ou religiosas nos jogos, determinando a proibição desses atos. A regra chegou a impedir que algumas atletas francesas disputassem os Jogos por conta da utilização do Hijab, o véu islâmico da religião muçulmana. O comportamento busca manter a laicidade do evento, ou seja, a imparcialidade em relação às questões religiosas, sem apoiar ou se opor a nenhuma religião.

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