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Clube italiano sai em defesa de atleta acusado de racismo contra sul-coreano

CNN Brasil

O Calcio Como, time da Serie A italiana, se manifestou, nesta terça-feira (16), após as acusações de um suposto caso de racismo durante amistoso contra o Wolverhampton, da Inglaterra.

Durante a partida, realizada nessa segunda-feira (15), o sul-coreano Hwang Hee-Chan declarou ter sofrido racismo por parte de um jogador do time italiano. O nome de quem teria proferido o insulto não foi divulgado.

Em nota, o Como saiu em defesa do seu atleta. O comunicado alega que não houve maldade por parte do comentário dito durante o jogo e que o clube não tolera racismo ou qualquer outra forma de discriminação.

“Nosso clube não tolera racismo e condena fortemente todas as formas de discriminação de todos os formatos.

Nós conversamos com o zagueiro em questão para entender o que ele disse. Foi nos informado que o jogador disse a um dos seus colegas: ‘Ignore ele. Ele acha que é o Jackie Chan’.

Após longa conversa com o jogador, estamos seguros que o comentário foi uma referência ao nome do jogador e ao apelido ‘Channy’, constantemente usado pelos seus próprios companheiros de time, em campo.

No que diz respeito ao nosso clube, nosso atleta não falou nada em tom discriminatório.

Nós estamos decepcionados que a reação de certos jogadores do Wolves fez com que o incidente tomasse proporções desnecessárias.”

O comunicado foi assinado por Mirwan Suwarso, diretor do Como.

Entenda o caso

O Wolverhampton e Como se enfrentaram nessa segunda-feira (15), em Málaga, na Espanha. O jogo foi um amistoso preparatório para a temporada 2024/25. Os Wolves bateram o adversário por 1 a 0, com gol de cabeça, de Matt Doherty.

O lance em questão foi registrado minutos após o gol, quando o atacante Hwang Hee-Chan alegou ter sido vítima de um comentário racista por parte de um jogador adversário. O caso resultou em uma confusão generalizada dentro de campo com intervenções de jogadores e comissão técnica do time inglês.

Ao defender o colega de equipe, o português Daniel Podence foi expulso após desferir um soco na cara de um zagueiro adversário. Gary O’Neil, técnico do Wolverhampton, perguntou se Hwang queria abandonar o jogo, mas o sul-coreano quis continuar e a partida não foi interrompida.

Jogador do Wolves é vítima de racismo em amistoso contra o Como / Reprodução/Instagram

“Channy ouviu um comentário racista, o que é realmente decepcionante. (…) Perguntei se ele queria tirar o time ou sair, mas ele estava ansioso para que o time continuasse e conseguisse o trabalho necessário. É realmente decepcionante que isso tenha acontecido, que tenhamos que falar sobre isso e que tenha impactado o jogo. Não é o ideal e coisas assim não deveriam existir”, lamentou O’Neil nas redes sociais após o jogo.

Em 2022, Hwang já havia sofrido ataques racistas em um jogo de pré-temporada. Ele foi atacado por torcedores do Farense, de Portugal, após marcar o gol da vitória.

“Somos todos os mesmos seres humanos. Todos nós precisamos ter uma atitude madura em relação ao prazer dos esportes. Eu realmente espero que hoje possa ser o último dia de sofrimento das pessoas por racismo. Não apenas no esporte. Mas em todos os lugares. Não ao racismo”, escreveu ele à época.

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