Em uma nova entrevista com o âncora da NBC News Lester Holt na segunda-feira, o presidente Joe Biden defendeu sua linguagem antes da tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump no sábado, dizendo que a retórica de seu rival é o verdadeiro problema.
Alguns aliados de Trump culparam Biden e outros democratas por supostamente fomentarem hostilidade a Trump, o que eles alegam ter contribuído para o tiroteio, incluindo Biden dizendo a doadores em uma ligação privada recentemente que é “hora de colocar Trump na mira”.
Para ver mais da entrevista, assista ao “NBC Nightly News com Lester Holt” hoje à noite às 18h30 ET/17h30 CT. ou confira sua programação local.
Biden disse que foi um “erro” usar a palavra, mas rejeitou as críticas mais amplas, dizendo a Holt que era apenas uma figura de linguagem e dizendo que Trump é quem popularizou a retórica violenta.
“Eu não disse mira. Eu disse alvo. Eu quis dizer foco nele. Foco no que ele está fazendo, foco em suas políticas, foco no número de mentiras que ele contou no debate. Foco em — quero dizer, há uma série de coisas que parecem, eu não sou o cara que disse que queria ser um ditador no primeiro dia, eu não sou o cara que se recusou a aceitar o resultado da eleição. Eu não sou o cara que disse que não aceitaria o resultado desta eleição automaticamente. Você não pode amar seu país somente quando vence. : E então o foco estava no que ele está dizendo, e hum, eu quero dizer a ideia”
Questionado se ele fez “alguma reflexão” desde a tentativa de assassinato sobre qualquer retórica que possa incitar alguém à violência involuntariamente, Biden disse que a ameaça de seu oponente é forte demais para ser ignorada.
“Como você fala sobre a ameaça à democracia, que é real, quando o presidente diz coisas como ele diz? Você simplesmente não diz algo porque pode incitar alguém?” Biden perguntou retoricamente.
“Eu não me envolvi nessa retórica”, Biden continuou. “Meu oponente se envolveu nessa retórica.”
É um tom diferente daquele que ele adotou no domingo à noite em um discurso no Salão Oval, quando o presidente pediu a todos os americanos que “baixassem a temperatura” da retórica política e trabalhassem juntos para parar de ver os oponentes políticos como inimigos.