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Autoridades polonesas derrubam grupo de ciberespionagem bielorrusso e russo – Euractiv

Autoridades polonesas derrubam grupo de ciberespionagem bielorrusso e russo – Euractiv

Autoridades polonesas desmantelaram com sucesso um grupo de espionagem cibernética ligado aos serviços de inteligência russos e bielorrussos, que conduzia atividades maliciosas na Polônia, informou o ministro polonês da Digitalização, Krzysztof Gawkowski, na segunda-feira (9 de setembro).

Falando em uma coletiva de imprensa sobre segurança cibernética, o vice-primeiro-ministro e ministro de Assuntos Digitais, Krzysztof Gawkowski, disse que a cooperação de vários serviços tornou possível derrubar o grupo criminoso cibernético.

“Nos últimos dias, graças à cooperação dos serviços ligados ao Coordenador Ministerial de Serviços e dos serviços ligados ao Ministério da Digitalização, foi possível desmantelar um grupo de sabotadores que tinham alvos específicos na Polônia e que operavam de um local específico”, disse Gawkowski.

O grupo dissolvido conduziu uma sofisticada campanha de espionagem cibernética, começando com a invasão da Agência de Imprensa Polonesa (PAP).

De acordo com Gawkowski, o objetivo final do grupo era penetrar em outras instituições governamentais polonesas e empresas estatais, particularmente aquelas envolvidas na segurança nacional.

Ele acrescentou que nos primeiros seis meses de 2024 já “foram reportados mais de 400.000 incidentes relacionados com ataques cibernéticos”.

“Isso representa um aumento de 100 por cento no número de incidentes em comparação ao ano anterior”, disse ele, acrescentando que 370.000 incidentes foram relatados em todo o ano de 2023.

“Este é um grande sucesso para a Agência de Segurança Interna e a Rede de Computadores Científico-Acharian, com a cooperação dos serviços militares, é claro”, concluiu Gawkowski.

A Polônia e sua mídia estão acostumadas a ataques de computador vindos da Rússia, especialmente durante o período eleitoral.

Em maio, o governo polonês vinculou um ataque cibernético russo a uma história falsa publicada pela agência de notícias estatal PAP, alegando que poloneses estavam sendo mobilizados para lutar na Ucrânia.

Na época, o primeiro-ministro Donald Tusk disse que o ataque fazia parte das tentativas da Rússia de desestabilizar a União Europeia, antes das próximas eleições para o Parlamento Europeu.

A Polônia, no entanto, não é o primeiro país da UE cuja agência de notícias foi hackeada nos últimos meses.

Em abril, hackers atacaram o site da agência pública de notícias tcheca CTK, publicando dois textos falsos alegando que a inteligência tcheca havia impedido um ataque ao presidente eleito da Eslováquia, Peter Pellegrini.

A polícia tcheca e o Serviço de Informações de Segurança Tcheco ainda estão investigando o caso.

Praga chamou de volta seu embaixador russo em maio, devido aos recentes e repetidos ataques cibernéticos de um grupo supostamente ligado à inteligência militar russa.

Também em maio, a Alemanha chamou temporariamente seu embaixador russo, depois que membros do partido do chanceler Olaf Scholz foram alvos, no que Berlim disse ter sido um ataque cibernético russo patrocinado pelo Estado.

A Polônia tem sido uma firme apoiadora da vizinha Ucrânia, desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, e é o principal país a transferir armas e munições ocidentais para Kiev.

(Editado por Rajnish Singh)

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