Atletas competirão por medalhas em Paris, mas também por curtidas com influenciadores

Atletas competirão por medalhas em Paris, mas também por curtidas com influenciadores

Esportes

Atletas na busca pelo ouro olímpico também vão competir por curtidas e seguidores nas redes sociais em Paris, em uma batalha pela disputada fama viral nos Jogos Olímpicos.

Um trabalho extra nas redes sociais diferente de todos os outros vai acontecer nos frenéticos 16 dias a partir de sexta-feira (26), com os atletas olímpicos tentando explorar esse pequeno período para se conectar com os fãs dos Jogos em plataformas como YouTube, TikTok e Instagram.

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A jogadora norte-americana de rugby Ilona Maher viralizou nas Olimpíadas de Tóquio e hoje conta com mais de um milhão de seguidores no TikTok, apesar de atuar em um esporte que gera muito menos interesse do que vários outros nos Estados Unidos.

@ilonamaher

A sua companheira de time Ariana Ramsey quer seguir uma trajetória parecida em Paris, com a expectativa de que os quatro vídeos diários que ela vai produzir serão capazes de construir a sua persona digital e ajudá-la no desafio de criar a sua própria linha de roupas.

“Tem muita pressão porque não dá para se planejar para tudo,” disse ela para a Reuters.

“Posso fazer uma lista de ideias de conteúdo e tentar executá-las lá, mas acho que vai ser mais sobre reagir ao que está acontecendo no momento. O que eu posso registrar? O que é relevante?”

Como diversos outros atletas olímpicos que trabalham em outros empregos, Ramsey usou as redes sociais para complementar a sua renda, conseguindo acordos com marcas e cobrando cerca de 100 dólares (cerca de R$ 556) por um reel no Instagram ou 50 dólares (R$ 278) para um story na mesma rede social.

Nos anos anteriores, atletas como Ramsey talvez precisassem de um empresário para negociar os acordos com as marcas. Agora, as empresas negociam diretamente com eles.

“É, sem dúvida, um segundo emprego”, disse Ramsey, que também competiu em Tóquio.

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Os atletas não precisam estar no topo da fama para conseguir ganhar tração online, disse à Reuters Kate Johnson, diretora de marketing global do Google para parcerias em esportes, entretenimento e conteúdo.

“Não é preciso ter um nome forte, reconhecido. Você precisa ter algo único para dizer e compartilhar que seja de interesse das marcas”, disse.

Johnson conquistou a prata como remadora em 2004 e vê o surgimento de oportunidades extraordinárias para atletas desde que ela subiu no pódio olímpico em Atenas.

O YouTube, que é controlado pela Alphabet, do Google, conta com 1 bilhão de visitantes únicos em 2013. Esse número basicamente dobrou em 2022.

“Sinto que preciso prestar um serviço de utilidade pública ao anunciar para os atletas olímpicos que estão completamente focados, treinando, e que não estão prestando atenção em como monetizar esse momento”, disse ela.

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