Steve van de Velde, atleta holandês do vôlei de praia condenado por estupro de uma menina de 12 anos (Reprodução)

Atleta holandês condenado por estupro ficará isolado durante as Olimpíadas

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Steven van de Velde, atleta do vôlei de praia, não vai estar na Vila Olímpica de Paris junto aos outros atletas

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O Comitê Olímpico Holandês anunciou que o atleta Steven van de Veldecondenado por estupro, ficará isolado dos demais competidores, não frequentando a Vila Olímpica e nem mesmo tendo contato com a imprensa.

O holandês é atleta do vôlei de praia e, em 2016, foi condenado pelo estupro de uma menina de 12 anos. A decisão veio por um pedido do próprio van de Velde.

O Comitê Olímpico Holandês ressaltou que a medida tem o objetivo de “garantir um ambiente esportivo seguro para todos os participantes olímpicos” e reiterou que “as medidas estão de acordo com a prática padrão” da entidade.

Veja as fotos

Steve van de Velde, atleta holandês do vôlei de praia condenado por estupro de uma menina de 12 anos (Reprodução)

Vila Olímpica de Paris (Reprodução)

Vila Olímpica de Paris (Reprodução)

Steve van de Velde, atleta holandês do vôlei de praia condenado por estupro de uma menina de 12 anos (Reprodução)

Steve van de Velde, atleta holandês do vôlei de praia condenado por estupro de uma menina de 12 anos (Reprodução)

Steve van de Velde, atleta holandês do vôlei de praia condenado por estupro de uma menina de 12 anos (Reprodução)

Steve van de Velde, atleta holandês do vôlei de praia condenado por estupro de uma menina de 12 anos (Reprodução)

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Entenda o caso

Em 2014, Steven van de Velde, à época com 19 anos, saiu de Amsterdã, na Holanda, até o Reino Unido, para conhecer uma estudante de 12 anos, da qual havia conhecido pela internet.

Segundo a investigação do caso, ele estava ciente que a menina era virgem e menor de idade, mesmo assim ele forçou a ter relações sexuais com ele.

A pedido do holandês, a menina – que não teve a identidade revelada, por preservação – foi até uma clínica para tomar uma pílula do dia seguinte. O crime foi descoberto nesse momento.

Em 2016, van de Velde foi condenado à prisão. A juíza Francis Sheridan afirmou que o “dano emocional que foi causado a essa criança é enorme”.

“Uma criança jovem e ingênua e tola formou a visão de que você a amava. Na realidade, você só a conhecia na internet, nunca a tinha conhecido antes e tinha plena consciência da diferença de idade. O dano emocional que foi causado a essa criança é enorme. À medida que ela amadurece, ela terá que perceber que você não é o homem legal que ela pensou que você era e esperava que você fosse”, diz um trecho da sentença.

Apesar da condenação, o holandês só ficou um ano preso e logo estava de volta às atividades esportivas, em 2018, apenas dois anos após a condenação. Depois de dez anos do crime, van de Velde agora disputará os Jogos Olímpicos.

Segundo o Comitê Olímpico Holandês, o ex-presidiário foi submetido a um programa de tratamento especializado destinado a atletas condenados por uma infração penal.

“Van de Velde sempre se manteve transparente sobre o caso, que ele se refere como o passo em falso mais significativo de sua vida. Ele lamenta profundamente as consequências de seus atos para os envolvidos. Ele tem sido aberto sobre a transformação pessoal que sofreu como resultado. Desde seu retorno, participou de grandes eventos internacionais sem incidentes”, expressou o comitê em nota.

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Protestos e mais protestos

Como era de se esperar, a classificação do atleta holandês gerou uma onda de insatisfação. Chegou a ser realizada uma petição na plataforma online “Change.org” pedindo a exclusão de van de Velde.

Três organizações internacionais em defesa de atletas vítimas de violência realizaram um pronunciamento público conjunto, encaminhado ao Comitê Olímpico Internacional (COI), Comitê Olímpico Holandês e à Federação Holandesa de Vôlei.

Uma das pessoas a se pronunciar veemente contra a participação do holandês foi a ex-nadadora Joanna Maranhão, coordenadora do projeto Athletes Network for Safer Sports (Rede de Atletas para Segurança no Esporte) e também integrante da Sport & Rights Alliance (Aliança Esportes e Direitos), criada em 2015 para defender os direitos humanos no meio esportivo.

“O COI não pode falar de valores olímpicos e tolerância zero ao permitir a participação dele. Todo processo tem sido visto e respaldado tão apenas pelo aspecto legal. A questão moral e o quanto a participação dele é nociva para a vítima que ele estuprou e as demais vítimas de violência no esporte não estão sendo consideradas em momento algum”, declarou Joanna, em entrevista.

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