Mãe de Gabi Moreschi, goleira do handebol, celebra o auge e a superação da filha

O grande nome do primeiro dia de competições do Brasil nas Olimpíadas foi Gabi Moreschi, goleira do handebol feminino, que brilhou na vitória sobre a Espanha. Ao Portal LeoDias, Carla Moreschimãe da atleta, contou sobre o sucesso repentino, a trajetória da filha e como foram as preparações para Paris-2024.

“A sensação é de felicidade total. Tô muito feliz com o handebol ser viralizado dessa forma, com a Gabriela servindo de instrumento para que os brasileiros conheçam o handebol”, declarou Carla em entrevista ao portal LeoDias

O handebol não é um dos esportes mais conhecidos no Brasil e Gabi até antes do confronto contra a Espanha, na última quinta-feira (25/7), tinha apenas 18 mil seguidores nas redes sociais e já na noite desta sexta, alcançou os 217 mil – o que surpreendeu bastante Carla.

“O mundo valoriza mais o handebol, mas esse ‘boom’ de seguidores…Nossa, é uma sensação indescritível”, completou.

Vai rolar publi?

As Olimpíadas é o grande evento esportivo mundial, quem brilha nessa competição pode não só entrar para a história, como também ter uma mudança de patamar financeiro. Perguntada se as marcas já estão atrás do novo sucesso olímpico, Carla afirmou que sim, mas manteve nomes no sigilo.

“Sim, a gente já tem alguns acessos (de possíveis parceiros), mas a gente não pode tá aqui colocando, mas eu acredito que vão render muitos frutos”, disse Carla, que demonstrou mais uma vez o seu espanto com o sucesso repentino.

“É como se você não existisse ontem e hoje você tá totalmente visível para o mundo”, disse a mãe de Gabi, empolgada.

Superação olímpica

Religiosa, Carla destacou que mantém as orações a todo momento para ajudar Gabi em seus momentos mais difíceis. Em Tóquio-2021, a goleira da seleção foi cortada de última hora e teve de se renovar para o novo ciclo olímpico que a levou a Paris.

“Naquele momento foi muito difícil. Tava todo mundo acreditando, porque a gente tem essa confiança, de repente vem a notícia, o corte e nós não vamos mais”, relembrou Carla, que ainda falou do momento posterior ao corte, quando foi para a França ficar com a filha – na época, Gabi atuava pelo Fleury Loiret HB, da cidade francesa de Loiret.

“Comprei uma passagem, fui para a França, fiquei junto com ela, começou um novo time e eu falei ‘Gabi, se prepara que daqui para frente é uma nova história, vamos de novo’ e a única coisa que ela me disse foi ‘mãe, na próxima Olimpíada eu não vou ser dúvida, vou ser a certeza’”, destacou ela.

A mãe de Gabi ainda destacou que “ninguém está preparado para o não”, mas a determinação e o foco da filha em participar das Olimpíadas representando o Brasil garantiu sua convocação para Paris.

“A Gabriela é muito determinada, em nenhum momento passou isso (a possibilidade de desistência). Claro, no primeiro momento do corte, é uma coisa muito difícil para qualquer atleta, ninguém tá preparado para o não, a gente sempre quer o sim”, disse.

E a medalha?

O handebol, tanto masculino como feminino, nunca renderam uma medalha olímpica ao Brasil. Porém, a equipe das “Leoas”, como são conhecidas as meninas do handebol brasileiro, é um sucesso sul-americano, sendo o atual campeão pan-americano e, por isso, a chama da medalha está acesa na equipe – e também para Carla.

“Eu costumo dizer que quem sonha, consegue alcançar”, pontuou a mãe de Gabi, que ainda relembrou o tabu que as Leoas quebraram contra a Espanha: “(o handebol feminino do Brasil) não ganhava há 13 anos da Espanha, era uma coisa impossível”, disse, relembrando outra quebra de tabu da filha: “O time que a Gabriela jogava na Alemanha não ia pra Champions League há muitos anos”.

“A gente tem que acreditar, nós temos um time muito bom, as meninas todas jogam na Europa, são boas e jogam em times bons e eu acho que o sangue brasileiro, essa energia boa, a gente vai levar pra elas porque a gente quer sair daqui com medalha”, completou.