Nancy Gooch, uma mulher negra, foi trazida do Sul para Coloma em 1849 por um homem branco que escravizou ela e seu marido. Gooch logo foi libertada quando a Califórnia se tornou um estado e trabalhou como cozinheira e lavando roupa para mineiros. Mais tarde, ela trouxe seu filho, Andrew Monroe, do Missouri para se juntar a eles na cidade. A família Monroe-Gooch se tornaria uma das mais prósperas proprietárias de terras negras da Califórnia.
“Temos que trazer a verdade à tona, porque isso é reconciliação”, disse Jonathan Burgess, um morador de Sacramento que é coproprietário de um negócio de buffet de churrasco e que também está alegando que a terra em Coloma era de seus descendentes. “E então, uma vez que trouxermos a verdade à tona, o que tenho feito falando o tempo todo, temos que consertar isso.”
Corrigir isso significaria compensar as famílias por terras que não podem ser devolvidas ou devolver propriedades quando possível, disse Burgess em uma entrevista no parque. Ele disse que é descendente de Rufus Morgan Burgess, um escritor negro que foi trazido para Coloma com seu pai, que foi escravizado.
Jonathan Burgess também disse que sua família é descendente de Bell, mas as famílias Fonza e Burgess dizem que não são parentes entre si. A discrepância destaca o trabalho difícil que pode estar à frente dos moradores negros se a Califórnia aprovar uma legislação de reparações exigindo que as famílias documentem sua linhagem.
Cheryl Austin, uma aposentada que mora em Sacramento, disse que é herdeira de John A. Wilson e Phoebe Wilson, um casal negro livre e casado que veio para Coloma no final da década de 1850. Depois que John e Phoebe Wilson morreram, sua propriedade foi vendida por inventário, disse Austin. O estado deve, de alguma forma, reparar os danos causados às famílias cujas propriedades foram apreendidas, disse ela.
