Em meio a guerra nos bastidores entre alvinegros e alviverdes, dirigentes de ambos os clubes bateram um papo harmonioso
UM guerra interna entre Botafogo e Palmeiras teve um momento de paz e harmonia, ao menos antes do duelo emocionante pelas oitavas de final da Libertadoresna noite da última quarta-feira (21/8). Leila Pereira recebeu das mãos de dirigentes alvinegros uma camisa do clube, além de bater um papo tranquilo antes da bola rolar.
Na conversa de “paz” dos dirigentes, além de Leila estavam Pedro Martins, novo diretor de futebol do Botafogo, e Alessandro Brito, diretor de gestão esportiva. João Textorarquirrival da presidente palmeirense atualmente, está fora do Brasil e não compareceu ao Allianz Parque.
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Guerra e paz
Os dirigentes se reuniram no centro do gramado e conversaram, trocando presentes – cada um entregou uma camisa do seu clube para o outro.
A “treta” entre botafoguenses e palmeirenses iniciou no Brasileirão de 2023, quando cariocas e paulistas disputavam o título. O estopim para uma escalada na tensão se iniciou no dia 1º de novembro do ano passado, quando Textor fez acusações de corrupção e “roubo” no duelo entre os dois clubes, no mesmo palco da partida de hoje, o estádio Nilton Santos. Depois disso, a tensão só aumentou.
Leila já afirmou que Textor é um “idiota” e o processa por calúnia, bem como o dirigente botafoguense também está movendo um processo contra ela – inclusive, nos Estados Unidos.
Mas a noite de ontem acabou sendo como um “dia de folga” na guerra entre dirigentes dos dois clubes. Não à toa Leila Pereira não “apelou” pela eliminação na Libertadores e fez questão de parabenizar o rival.
“Me deram uma camisa do Botafogo, dei duas camisas do Palmeiras para eles, tirei, publiquei nas minhas redes sociais. Tenho um grande respeito pelo Botafogo, pelos atletas, pelo trabalho brilhante, pelo torcedor. Sou uma dirigente pés no chão, não sou clubista, admiro quando o clube trabalha bem. Isso enobrece e valoriza o futebol brasileiro. Parabéns ao Botafogo”, declarou a presidente alviverde à ESPN.
Para a partida
Dentro de campo, o Palmeiras começou em cima do Botafogo, já que precisava ao menos de uma vitória simples para levar a decisão para os pênaltis. No primeiro tempo, o alviverde teve várias chances de abrir o placar, mas não conseguiu ser efetivo.
O início do segundo tempo parecia que seria um retrato do primeiro e, além de tudo, o Botafogo perdeu seu principal jogador, Luiz Henrique, que saiu lesionado no intervalo.
Mas ainda tinha Igor Jesus que, aos 11 minutos, aproveitou bola na área e abriu o placar para o alvinegro. O Palmeiras sentiu o golpe e oito minutos depois, Savarino marcou o segundo, deixando o placar agregado em 4 a 1 para os cariocas – classificação garantida? Calma!
O Palmeiras gosta de jogos assim e mostrou a força mental que tem para momentos de decisão. Aos 41, Flaco Lopez aproveitou bola na área e diminuiu. Aos 45, Rony empatou.
O alviverde ficou a um gol do empate no agregado e ele até veio, com Gustavo Gomez, momento esse que causou angústia nos alvinegros, já que o árbitro foi para o VAR e quando parecia que tudo seria decidido nos pênaltis, foi marcado toque de mão do zagueiro palmeirense. Ainda teve bola no travessão de Gabriel Menino, no último lance da partida, mas a classificação ficou com o Botafogo.