A dançarina de break australiana Rachael Gunn, mais conhecida como B-Girl Raygun, falou sobre as críticas “devastadoras” que recebeu após apresentações na Olimpíada de Paris.
A professora universitária de 36 anos foi criticada depois de perder todas as três disputas de todos contra todos. Em um vídeo postado no Instagram neta quinta-feira (15), Gunn se defendeu e disse que estava honrada em fazer parte da estreia do breaking nos Jogos.
“Eu não percebi que isso também abriria a porta para tanto ódio, o que francamente tem sido bem devastador. Mas eu fui lá e me diverti. Eu levei isso muito a sério. Eu trabalhei duro me preparando para a Olimpíada e dei tudo de mim. Sério”, disse.
O Comitê Olímpico Australiano (AOC, na sigla em inglês) condenou uma petição online pedindo uma investigação sobre a seleção dela, dizendo que continha falsidades com o objetivo de incitar o ódio contra ela.
A petição no change.org, que pede um pedido de desculpas de Gunn e também da Chefe de Missão Olímpica da Austrália, Anna Meares, tinha mais de 45.000 assinaturas até quinta-feira de manhã (15).
Em uma declaração, o presidente-executivo do AOC, Matt Carroll, disse que a petição atacando Gunn era “vexatória, enganosa e intimidadora”.
“A petição despertou ódio público sem nenhuma base factual”, disse ele.
“Nenhum atleta que representou o país nos Jogos Olímpicos deve ser tratado dessa forma e estamos apoiando Gunn e Anna Meares neste momento.”
O AOC escreveu para o change.org exigindo que a petição fosse retirada imediatamente, acrescentou Carroll, que também disse que Gunn foi selecionado por meio de um evento de qualificação e processo de nomeação transparente e independente.
“O AOC está particularmente ofendido pela afronta contra Anna Meares”, ele acrescentou.
“(Ela) não desempenhou nenhum papel nos eventos de qualificação nem na nomeação de atletas para o Comitê de Seleção do AOC, do qual somos membros.”
Produção: Deniz Uyar e Henry Rounce
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